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Saúde de SP amplia vacinação contra meningite

Secretaria estadual vai disponibilizar 90 mil doses de vacina a profissionais da educação e adolescentes 

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo prometeu aumentar a vacinação contra meningite aos profissionais da educação e também estudantes em sala de aula e adolescentes de 15 a 19 anos. A imunização deve ocorrer neste mês de junho e se estender também ao mês de julho deste ano.

A Coordenadoria de Controle de Doenças, por meio do Centro de Vigilância Epidemiológica, integrou 90 mil novas doses da vacina enviada pelo Ministério da Saúde ao Plano de Imunização do Estado. A pasta deve manter a ampliação enquanto durarem as doses adicionais.  

De acordo com a pasta da Saúde do Estado, a enfermidade é uma infecção bacteriana que causa inflamação nas membranas que envolvem o cérebro e a coluna espinhal e é mais comum no inverno devido aos dias mais frios. Nos casos mais leves, os sintomas são semelhantes aos da gripe, com febre e dores de cabeça, além de rigidez na região da nuca. 

Já nas ocorrências com maior gravidade, acrescenta a secretária, pode haver vômitos, mal-estar, dor no pescoço e dificuldade para encostar o queixo no peito. “Manchas avermelhadas pelo corpo são sinais de que a infecção está se espalhando rapidamente e que o paciente deve buscar imediatamente assistência médica. Todos os casos de meningite bacteriana exigem tratamento hospitalar, mesmo os que apresentam sintomas leves”, informa a nota no portal da pasta. 

ESTATÍSTICAS

Ainda de acordo com a secretaria, foi registrado aumento no número de casos no período que compreende o início do ano e mês de maio. Foram observados 1.69 ocorrências em todo o Estado, alta de 24,5% nesse tipo de infecção em relação ao mesmo período do ano passado, ano em que foram indicados 1.363 casos.  

O número de mortes, entretanto, caiu de 154 em 2022 para 113 neste ano, redução de 26,7% no mesmo período. O total de casos de infecção em 2022 foi de 5.107, mais que o dobro do total de 2021, quando houve 2.281 casos registrados em São Paulo”, informa. 

COBERTURA VACINAL

A secretaria ainda informa que de janeiro a março de 2023 foram aplicadas cerca de 106 mil doses do imunizante em crianças com menos de 1 ano. A cobertura vacinal ao público dessa faixa etária atinge 81,3%, sendo as maiores coberturas nos DRSs (Departamentos Regionais de Saúde) de Sorocaba e Taubaté, ambas cidades com 88%; Piracicaba, com 87,4%; São José do Rio Preto, com 87,4%; e Marília, com (87,1%. A cobertura vacinal mais baixa foi registrada no DRS Baixada Santista, com 70,6%. 

Crianças nessa faixa etária recebem duas doses, aos três e cinco meses de idade, além de reforço, preferencialmente ao completar o primeiro ano de vida. O intervalo recomendado pela secretaria entre as doses iniciais é entre quatro e oito semanas. 

“Atualmente, há também uma recomendação para a vacinação com meningocócica C conjugada em crianças com menos de 10 anos e profissionais da saúde. Nos bebês, a meningite causa extremo desconforto, dores e inchaço na moleira”, informa o comunicado no portal. Já oferecida à faixa etária entre 11 e 12 anos, a vacinação com o imunizante meningocócica ACWY também será aplicada em adolescentes de 13 e 14 anos a partir de junho.  

VIVALEITE

O Programa Vivaleite, do governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, promete entregar 55 milhões de litros de leite até o fim de 2023. Serão distribuídos 4,6 milhões de litros por mês, que beneficiarão 308 mil crianças em todo o Estado, com investimento de R$ 290 milhões anuais. O programa foi criado para combater a anemia por deficiência de ferro em crianças.

De acordo com levantamento da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), de 2021, 33% das crianças brasileiras de zero a 7 anos apresentam anemia ferropriva (por falta de ferro), ou seja, uma em cada grupo de rês crianças sofre com o problema. No Brasil, continua o estudo, estima-se que 90% dos casos de anemia são por falta de ferro, e a OMS (Organização Mundial da Saúde) “considera a doença como um indicador de pobreza de nutrição e de saúde, que compromete a qualidade de vida e contribui para a mortalidade infantil”.

“A anemia ferropriva pode afetar a disposição de crianças e contribuir para seu isolamento, déficit de aprendizado e dificuldades no desenvolvimento intelectual, além de prejudicar o sistema imunológico”, informa o texto no portal da secretaria. 

Ainda segundo a secretaria, o leite fornecido pelo programa é fortificado com vitaminas A, D e ferro. O consumo do alimento pelas crianças e idosos faz com que estes saiam das estatísticas de anemia no País. “Para as crianças, o leite auxilia no crescimento e desenvolvimento, fornece nutrientes essenciais e também é uma fonte de hidratação. No caso dos idosos, o leite fortificado auxilia na saúde óssea e fornece proteínas importantes para a massa muscular”.

Para Gilberto Nascimento, secretário estadual de Desenvolvimento Social, o programa leva segurança alimentar e nutricional a essas pessoas. ‘Previne a anemia e ainda fomenta a cadeia produtiva de leite no Estado, que adquire o produto de pequenos e médios laticínios”, disse ele ao portal.

*As informações contidas nessa publicação não representam necessariamente as opiniões desse portal.

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